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Crise profunda

O aumento do desemprego no Brasil volta a crescer e a assustar os analistas. A recessão de quase 3,5% neste ano, somado à estimativa de outra recessão no ano que vem de, pelo menos, 2%, explica, obviamente, muito desse aumento do desemprego. Os números são implacáveis.

O número de brasileiros desempregados cresceu 9,3% em 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2013 e 2014, o contingente passou de 6,63 milhões para 7,25 milhões de desocupados, um acréscimo de 617,2 mil. Já a taxa de desemprego, que foi de 6,5% em 2013, passou a 6,9% no ano passado. Do total de desocupados em 2014, a maioria era de mulheres (56,7%), com idade entre 18 e 24 anos (34,3%), negra (60,3%) e sem ensino médio completo (50,1%), num cenário que repete o ano de 2013.

A economia parou de criar novos empregos e, agora, é hora de fazê-la destravar. Uma medida importante, nesse sentido, seria tornar o ambiente de negócios mais simples e transparente no Brasil. Temos um povo jovem e empreendedor que, em tempos de crise, pensa, criativamente, saídas para sustentar a si e às suas famílias. O problema, aqui, começa no fato de que legalizar um pequeno negócio no País ainda é muito duro. Carga tributária escorchante, burocracia infernal e precária infraestrutura atrapalham aqueles que poderiam, com a perda de empregos formais na indústria e no comércio, viabilizar o próprio empreendimento.

Ademais, o Governo precisa fazer a parte dele no ajuste e cortar na própria carne, afinal, o setor produtivo já está cortando há tempos. Em momentos de crise, não convém aumentar taxas ou gastar mal o dinheiro dos pagadores de impostos. Não se sabe a magnitude dessa crise, nem por quanto tempo ela vai perdurar. O fato é que as pessoas precisam trabalhar para que possam manter a cabeça fora d’água.

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