Não há nação que consiga se desenvolver sem o investimento correto na formação de sua juventude. Nesse sentido, os números são expressivos. Quase metade da população brasileira (49,25%) com 25 anos ou mais não tinha o ensino fundamental completo, segundo dados do Censo 2010. O percentual representava 54,5 milhões de brasileiros, expressando o tamanho do desafio que o País necessita enfrentar no campo da educação de jovens e adultos. Para avaliar estratégias que mudem esse panorama, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte promoveu um debate no Senado Federal, reunindo especialistas no setor e parlamentares.

A conclusão principal foi unânime: a educação de jovens e adultos no Brasil precisa ser acelerada para viabilizar a inclusão social e o desenvolvimento do País. Apesar dos avanços em escolaridade nas últimas décadas, o Brasil precisar avançar no processo de educação de jovens e adultos para ser capaz de atender as exigências da sociedade contemporânea, em que todos os processos são intensivos em conhecimento e tecnologias.

Essa batalha só pode ser vencida com a união de todos – movimentos sociais, entidades da área de educação, governo, estados e municípios – para que, cada um fazendo a sua parte, consigamos superar os enormes desafios que ora nos são impostos. A educação de jovens e adultos tem que ser do tamanho do Brasil e ser capaz de atender a esses 81 milhões de brasileiros que não tiveram o direito à instrução na idade certa.

Caso contrário, estaremos condenando uma geração inteira de brasileiros ao subemprego e à perpetuação do clico da miséria e da exclusão. Antes de se cobrar, por exemplo, que se aumente o volume de dinheiro público despejado no sistema de ensino, faz-se necessário cobrar uma gestão educacional mais transparente e eficiente, de modo a evitar desperdícios e danos à educação de crianças e jovens. O Brasil pode ter um futuro brilhante, desde que não deixamos de cuidar do presente.

Editorial