A crise econômica e a necessidade de cortar gastos fizeram os brasileiros despertarem, de vez, para a necessidade de transparência administrativa. Um bom exemplo disso foi a implantação do processo eletrônico na rotina administrativa do Senado, que acaba de completar seis meses de vigência. O novo sistema garantiu, além da redução de gastos, transparência e segurança na tramitação dos processos. Desde a mudança, ocorrida em maio deste ano, toda a produção, movimentação e gestão de documentos passaram a ser feitas em meio digital. A medida, além de trazer economia de tempo e diminuição da burocracia, está alinhada ao compromisso com a sustentabilidade, previsto na Carta de Compromissos do Senado.

É inegável que a adoção de processo eletrônico trouxe mais segurança e transparência, já que, antes, as pessoas não tinham o hábito de cadastrar todos os documentos. Agora, o sistema grava todas as alterações feitas pelos usuários, e o documento digital dá a possibilidade de gerar uma cópia de segurança, diferentemente do papel, em que há um gasto com espaço físico e não se garante a recuperação completa. A ideia é que a tramitação eletrônica diminua a burocracia das decisões, aumente a segurança dos dados, reduza o tempo das conclusões, garanta a sustentabilidade a com a redução de gastos com insumos e gere uma economia de R$ 120 mil por semestre.

Pode parecer pouco dinheiro, mas, se todo o serviço público passasse a adotar práticas mais eficientes e transparentes, é certo que a economia aos cofres públicos seria significativa. A adoção de um sistema mais republicano é o que realmente importa, aqui, e é o que os pagadores de impostos querem das administrações. É essencial que cada cidadão continue despertando para a necessidade de exigir um governo que aja responsavelmente com o duro dinheiro arrancando de todos nós.