Até quando o Brasil será país da corrupção e da impunidade? A denominação de brasil à terra descoberta e chamada Brasil pelos portugueses foi uma homenagem à existência abundante de planta pau-brasil, “madeira vermelho-alaranjada, pesada, dura e incorruptível”, segundo Dicionário Aurélio. Esta denominação incorruptível mudou para corrupção-impunidade, não ao longo dos 500 anos do descobrimento, mas, nos últimos 20 anos, após a chamada redemocratização sucessora do período de governos militares, salvo o de Itamar Franco.
Com a Constituinte Cidadã (1988), os adeptos da malversação de dinheiro, no gerenciamento de recursos públicos e privados, passaram a assaltar os cofres dos poderes constituídos da República, com a implantação de um “sistema corrupção aliado a impunidade”. E foram à obra!
Quando esses malversadores são identificados, indiciados e alguns, raramente presos, a “tropa de choque” do sistema entra em ação, dizendo ser erro de interpretação semântica e produção de “showbusiness”, espetáculos de uma nova geração de policiais, de procuradores e de juízes incorruptíveis. A sociedade é testemunha desses relatos escritos nos despachos de liberação das instâncias superiores do Poder Judiciário. Ainda são os corruptos chamados de “inocentes” por quem tem poder de mando nesta República. Eles ainda têm defensores nas tribunas parlamentares, onde alimentam um camuflado PC – Partido dos Corruptos. Montesquieu, Aristóteles e outros democráticos constitucionalistas choram nas sepulturas com o desvio das funções do Estado de Direito neste ”brasilzinho de corrupção e de impunidade”.
A degenerescência moral revelou que “o empresário” Daniel Dantas, preso e solto por crime de corrupção tem no Congresso Nacional um PDD – Partido Daniel Dantas, com 70 deputados federais e 18 senadores, financiados com dinheiro sujo. Publicou a imprensa de Brasília que, “a maior preocupação dos degenerados é com a Justiça de Primeira Instância, juizinhos”. Triste realidade comprovada em sucessivas sentenças judiciais. Nos xadrezes são algemados e presos alguns famintos que roubaram lata de margarina e quilo de feijão. Em liberdade protegida por habeas corpus assaltantes de bilhões de reais dos cofres públicos e ainda gozando com a cara do povo que pede justiça.
Disse o presidente Luiz Inácio em elogiável frase, curta e grossa, diferente dos seus improvisados e infelizes discursos: “quem não quiser ter problema com a polícia, que ande direito”. Parabéns presidente, quando iremos ter isso em prática? Que sejam também algemados e presos os quadrilheiros da organização criminosa dos 40 mensageiros e sanguessugas chamadas por Vossa Excelência de “inocentes”? Se mudou de verdade não deixe em palavras essa luz de esperança contra a corrupção-impunidade do esteja preso e solto! O Brasil agradece essa generosidade de Vossa Excelência!