Trata-se da seriguela uma árvore frutífera de nome cientifico, (Spondias purpúrea L.) fruto de um só caroço de cor púrpura, doce de polpa comestível com 3 milímetros de espessura pertencente à família das anacardiáceas, prima legitima da manga e do caju, recebe também varias denominações na sua escrita, tais como, siriguela, ciriguela, ciroela, planta caducifólia, pois durante, o período seco, costuma cair as folhas deixando a arvore desnuda ate surgir novo enfolhamento.
Ela é originaria das Américas Central, Sul, encontrada também no sudeste da Ásia com uma particularidade de apresentar frutos sem semente. No Brasil seus maiores plantios estão no Nordeste, com 90% da produção, embora também se produza em Minas, Rio de janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo e São Paulo.
No Ceará, os maiores plantios estão na região do Cariri. É sem duvida um fruto de grande valor nutricional a cada 100 gramas de seriguela contem proteína, 1,4g, carboidrato 18, 9g, fibra alimentar 3,9g, água 78,7%, quilocalorias, 76, 0,4 gramas de lipídeo, 27 miligramas de cálcio, 49 miligramas de fósforo, 0,4 miligramas de ferro, alem as vitaminas A,B e C, rica em antioxidante (composto que atua contra radicais livres que causam tumores e doenças), intervém na redução do colesterol e contribuem para o bom funcionamento dos intestinos. E empregado como alternativa, nos casos de disinteria, febre, gases, diarreia, anemia, inapetência, leucopenia. Esse fruto é certificado pelo Greenpeace, livre de agrotóxicos.
Diz a lenda, que a propagação desse fruto se originou quando uma bela, jovem filha de pais muito abastados vivia muito triste, e seus pais tinham muito desgosto dessa atitude e não sabiam mais o que fazer, para torná-la alegre feliz como todas as outras moças, até que um dia, um jovem sabedor do fato, e penalizado com a situação, resolveu presenteá-la com uma porção de seriguela, de cor púrpura doce, tentando agradá-la. A jovem saboreou aqueles frutos, encantou-se, comeu outras vezes, e qual não foi a surpresa, ela mudou seu modo de vida, passou a sentir prazer na sua vida. As pessoas sabedoras do fato, resolveram também presenteá-la, pois se sentiam contentes, com esta atitude. Em vista disso, popularizou seu uso, passando a ser rotineiro, e o jovem tornou-se um próspero comerciante, graças àquele fruto de grande valor medicinal, até então pouco conhecido.
Murilo Ferreira
Engenheiro Agrônomo
