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Gesto de grandeza II

Um renomado órgão da mídia escrita brasileira, ouvido em pesquisa, constatou que 51% dos seus leitores são favoráveis à abertura do processo de impeachment, na Câmara Federal, enquanto, mais de 77% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo e apenas 37% acreditam  que a presidente Dilma vá, de fato, deixar a Presidência. E um agravante: mais de 67% dos entrevistados classificam o Congresso Nacional, como ruim ou péssimo. Se antes, esta possibilidade de renúncia era, meramente, descartada, agora, parece ser algo factível entre “dirigentes históricos” do próprio partido PT.

O imperativo ou justificativa desta renúncia está alicerçada no fato de que a presidente Dilma Rousseff está mergulhada, numa situação de ingovernabilidade, extrema baixa de popularidade, sem qualquer “força política “para aprovar qualquer medida de ajuste fiscal, no Congresso Nacional, uma base de apoio deteriorada, fragmentada, enfim, levou o País para uma gravíssima crise política, com consequências desastrosas para uma crise econômica, que está levando o País para um “desarranjo total da sua economia”, desemprego, crescimento negativo do nosso PIB, baixa de credibilidade, entre empresários nacionais e estrangeiros, uma inflação, que se aproxima dos dois dígitos, corrupção que, a cada momento, evidencia a institucionalização da mesma, a partir do governo do PT, enfim, um País sem rumo, sem lideranças políticas, voltadas para superação da atual crise econômica,  deixada para segundo plano.

Tudo decorrente do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que “vendeu para os brasileiros, um “País de maravilhas”, quando do processo eleitoral de 2014, sem quaisquer problemas constatados, nos dias hodiernos, enfim, um verdadeiro “estelionato eleitoral”.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, até defende uma “renúncia coletiva” da presidente Dilma Rousseff, do seu vice Michel Temer, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, visando-se a uma nova eleição. E, como cidadão, afirma ser uma “perspectiva utópica, já que seria algo impensável para os atuais detentores dos poderes”. No cerne das pesquisas realizadas, conclui-se que o sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo, perdeu a sua representativade,  junto à maioria da população brasileira.

Para cientistas políticos, o tão demorado “mea-culpa”da presidente Dilma Rousseff, seria um louvável, patriótico “gesto de grandeza”, imperativo, necessário para se evitar uma “desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes do Lava Jato”. Noutro ângulo, o valor moral, ético da presidente Dilma Rousseff foi corroído, arranhado, profundamente, quando de suas promessas falsas feitas, em sua campanha de reeleição. Os brasileiros estão conscientes de suas responsabilidades de cidadania para saída desta crise, sem precedentes, na era republicana.

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