As recentes pesquisas realizadas, por um órgão especializado nesta atividade, revelam dados inacreditáveis,estarrecedores até, ou seja: 51% dos seus leitores mostram-se favoráveis à abertura do processo de impeachment na Câmara Federal, enquanto, mais de 77% dos entrevistados reputam o governo da presidente Dilma Rousseff como ruim ou pésimo. E um agravante: mais de 67% das pessoas ouvidas, classificaram o Congresso Nacional, como ruim ou péssimo, numa síntese: um repúdio à classe política, embora, seja o esteio de uma democracia.
A cada momento, cientistas políticos afirmam, peremptoriamente, que a única saída para superação desta crise seria a formação de um “governo de coalizão”, com a participação cidadã dos partidos políticos, estabelecimento de metas de ajustes fiscais, à curto, médio e longo prazo.
Múltiplas são as justificativas para esta renúncia, ou seja: a presidente Dilma Rousseff está mergulhada, numa circunstância de ingovernabilidade, extrema baixa de popularidade, sem qualquer “força política” para aprovar medidas exigíveis de ajuste fiscal, no Congresso Nacional; desprovida de um plano de governo, que possa tirar o País desta “crise endêmica”, que afeta a nossa economia como um todo, com uma base de apoio deteriorada, fragmentada, enfim, levando o País para um “desarranjo total de sua economia.
Consequências palpáveis: um País sem rumo, à mercê de brigas entre executivo e legislativo, sem lideranças políticas; uma inflação beirando dois dígitos, desemprego a passos largos, corrupção institucionalizada, nos últimos governos, um déficit orçamentário suerior a R$ 100 bilhões. O sentimento popular é de que o governo, embora legal, perdeu a sua representatividade. Seria um gesto de extrema grandeza, patriótica, a sua renúncia, embora pareça ser um gesto utópico.
João G. Filho
Acad. Limoeiro de Letras