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HIV/Aids – 2015

Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 1º. de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Nesta data, acontecem mobilizações simultâneas no mundo inteiro. O símbolo da campanha mundial é um grande laço vermelho, que reforça a importância da união entre as nações para combater a AIDS. Os dados deste artigo foram divulgados na brochura da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), uma excelente e importante unidade na luta contra AIDS. 35 milhões de pessoas no mundo têm AIDS, e 19 milhões, aproximadamente, ainda não tenham descoberto que estão infectados com o vírus HIV, por isso, não procuram o tratamento necessário.

Aqui no Brasil, como no resto do mundo, a prevalência do HIV está centrada em determinados grupos de pessoas, como gays, usuários de drogas, e profissionais do sexo etc. Além disso, aproximadamente 35% das novas infecções na América Latina, acontecem com jovens entre 15 e 24 anos. É importante lembrar que a AIDS não escolhem sexo, cor, idade, classe social, religião, nem orientação sexual.

O preconceito é o maior obstáculo no combate à AIDS. Uma pesquisa chamada ATLIS (AIDS Treatment for Life International Survey) em 2010, realizada com cerca de três mil pessoas com HIV em 18 países, inclusive o Brasil, mostra que o maior medo dos pacientes soropositivos e a exclusão social. Para mostrar o nível do preconceito aqui no Brasil, das 8000 pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde, 22,5% afirmaram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% disseram que um professor com AIDS não deve dar aulas em qualquer escola! Isso, além de preconceito, mostra uma chocante ignorância sobre o vírus.

Porém, ainda com dados da CNTA: “O Brasil foi considerado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) modelo estratégico no combate e no tratamento da AIDS. O país investe mais de 1,2 bilhão de reais no combate à infecção, em ações que vão desde a entrega de medicamentos e assistência aos soropositivos até a realização de testes, campanhas publicitárias e distribuição de preservativos”. De acordo com o Ministério da Saúde, desde 2013, o Brasil vem oferecendo tratamento a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença.

É o primeiro país em desenvolvimento a oferecer terapia com antirretrovirais a todos os pacientes, assim que a doença é diagnosticada. Para terminar, de acordo com o relatório, publicado na revista científica “The Lancet” (2014) e divulgado na Conferência Internacional sobre AIDS, que ocorre em Melbourne, na Austrália, as mortes em decorrência do HIV no Brasil caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, maior do que os 1,5 registrados globalmente.

Brendan Coleman
Redentorista

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