O rompimento da barragem continua causando prejuízos à população em Minas Gerais, já que a lama com dejetos continua a viajar pelos rios da região. A Prefeitura de Barra Longa estima que a tragédia causou ao município um prejuízo de R$ 12 milhões. Foram perdidas escolas, pontes, estradas e casas, desabrigando dezenas de famílias e as deixando completamente desamparadas. Muitos dos sobreviventes conseguiram escapar apenas com a roupa do corpo. Patrimônios históricos, como uma igreja centenária localizada naquele município, estão cobertos por metros de barro. A lama tóxica ameaça fontes de água potável.
A cada hora que se passa, vai diminuindo a possibilidade de encontrar alguém com vida. O Governo de Minas Gerais já reconheceu que os 13 funcionários desaparecidos que trabalhavam nas barragens da mineradora Samarco na hora do acidente dificilmente serão encontrados, a essa altura do campeonato, com vida. Mais um corpo foi encontrado em meio aos destroços do que um dia foi a cidade de Mariana, totalizando, até o momento, três vítimas fatais localizadas.
O governo mineiro, agora, vai cobrar, junto à empresa responsável pela barragem, as evidências do que teria causado o rompimento. É essencial que as investigações sejam conduzidas com seriedade e que as respostas esclarecem os motivos dessa enorme tragédia humana, econômica e ambiental. Os sobreviventes e suas famílias precisam de uma resposta para poder continuar suas vidas e, acima de tudo, que os responsáveis pelo acidente sejam identificados, julgados e punidos. Um caso dessa magnitude não pode, absolutamente, passar incólume, até para que não aconteça novamente. Enquanto isso, todo o apoio deve ser dado às equipes de busca, já que ainda há a esperança de se resgar alguém com vida. E que a busca por respostas não caiam no esquecimento por parte de quem as deve.