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O problema é a rua e a comunidade, mas tem gente dizendo que é fascista e comunista

(Brasília-DF)
Não adianta você querer fugir do assunto. As eleições municipais vai mexer com sua vida, mesmo que você more no Distrito Federal(DF), capital Brasília, onde, como manda a Constituição Federal/1988 não existe eleição municipal.
Começou nesse sábado,20 de julho, o tempo para realização de convenções partidárias e de federações que se encerrarão no 5 de agosto. Em vários locais elas ocorreram, mas chamou atenção a convenção conjunta do Psol(Partido Socialismo e Liberdade) e do Partido do Trabalhadores(PT), lá em São Paulo, capital.
Lula, como chefe político, participou com evento ao lado de 8 ministros. Ele disse isso:
“Eu quero que meus eleitores saibam que o Guilherme Boulos é meu candidato em São Paulo. Quero que os adversários saibam que ele é meu candidato. Com Boulos eleito, vamos poder dizer que nunca mais os fascistas vão governar essa cidade e esse país.”
Não existe mais dúvidas, se existia para alguém. Lula quer efetivamente polarizar as eleições municipais. Antes se dizia que as eleições municipais não tinham conexão com as eleições nacionais, que vinham em seguida nesse nosso calendário de eleições a cada dois anos.
Depois do orçamento secreto, do fortalecimento do Congresso Nacional e o novo papel adquirido pelo Judiciário, especialmente no Supremo Tribunal Federal, muitas coisas mudaram. As emedas pix deram aos municípios e aos chefes políticos uma nova dinâmica. A manutenção do acordo fiscal que deu aos municípios, a maioria deles, a desoneração também deu mais fôlego de investimento público.
A questão ideológica vai ser um diferencial e tanto no processo eleitoral. Sabemos da estratégia dos dois maiores partidos, governista e de oposição. O PT quer voltar a comandar capitais, fazer mais vereadores, manter boa relação com parceiros. O PL, que é de Bolsonaro, mas tem um articulador profissional à frente, Valdemar Costa Neto, quer fazer o que puder para crescer e dar fôlego para alguns buscarem, no futuro, cargos no Senado Federal.
A polarização interessa aos que lutaram na eleição de 2022, mas talvez não interesse a quem pensa na próxima geração. Já é sabido que os políticos falam de futuro, mas só pensam no futuro breve.
A eleição de São Paulo é vista por muitos como um passaporte para 2026. Se o candidato de Lula vencer, com o seu contraditório socialismo e liberdade, Lula teria uma reeleição certa, se perder ele corre risco sério. Da mesma forma o inverso, se o prefeito Ricardo Nunes(MDB), aliado do bolsonarismo, vencer a possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, ao Planalto, também eleito pelo bolsonarismo, poderia engrenar. Uma arrogância paulista e paulistana.
O Brasil são cinco brasis e não a Avenida Paulista ou a Faria Lima, à moda esses dias.
Ainda sobre a disputa de São Paulo, Guilherme Boulos disse que não vai ter ideologia, mas o melhor programa que a cidade de São Paulo já teve. Ricardo Nunes, também foge da ideologia, e fala da parceria com Palácio do Bandeirantes para avançar na maior cidade da América do Sul.
Uma coisa é certa, seu moço, sua moça, neste segundo semestre não vai ser possível fugir do assunto que envolve sua rua e comunidade, mas vai ter gente dizendo para você que o mundo vai se acabar se escolher um fascista ou um comunista!

GENÉSIO ARAÚJO JÚNIOR
JORNALISTA

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