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30 julho 2008.
Fortaleza, Ceará, Brasil.

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Opinião

Os romeiros em Juazeiro

quarta-feira, 30 de julho 2008

Chegaram, no último dia 20, a Juazeiro do Norte, legiões de romeiros, que se deslocam anualmente, a fim de participar das homenagens à memória imperecível do Padre Cícero Romão Batista, quando se registraram, naquela data, setenta e quatro anos de seu desaparecimento, habitualmente destacado, oportunizando-se identificar o Patriarca na condição de autêntico Santo do Nordeste.
 

Renovam-se, tais reverências a cada exercício, também a 2 de Novembro, Dia de Finados, de par com as esperanças de que a Santa Sé, inicie, efetivamente, os procedimentos canônicos visando à beatificação, que passou a ser justíssima aspiração da Região do Cariri e dos demais Estados circunvizinhos.
 

Mencione-se, por oportuno, que o Bispo Diocesano, Dom Fernando Panico, esteve – há quase 24 meses – no Vaticano, juntamente com ilustrada comitiva, tendo por finalidade entregar à Congregação da Doutrina e da Fé documentação histórico-eclesial, destinada à redefinição do saudoso sacerdote, no patrocínio de cujas virtudes sempre foi defensor obstinado o monsenhor Murilo de Sá Barreto, falecido em decorrência de ato cirúrgico, abrindo lacuna impreenchível no clero da região.
 

Por outro lado, cabe destacar o trabalho levado a efeito por iniciativa do tabelião Paulo Machado na coleta de milhares de assinaturas, consubstanciando apelo a Bento XVI, objetivando a pretendida reabilitação – reputada indispensável à efetiva instauração do ansiado processo visando elegê-lo beato e, algum tempo depois, a Santo da Igreja Católica.
 

Os romeiros, certamente, irão fazer orações direcionadas ao alcance de tão nobilitante desideratum, numa seqüência de medidas aguardadas, com viva ansiedade, por parte da população do chamado Polígono das Secas.
Ao fazer o presente registro, nesta coluna, pretendo saudar quantos procuram a Meca do Cariri, na convicção de ali se tornará mais arraigado o sentimento de devoção àquele que sempre teve coragem de lutar contra oligarquias dominantes e em favor dos carentes e necessitados, integrantes do perverso mosaico social, já na época existente em nosso País.
 

Nem a esboçada campanha política impede que eventos, a exemplo do dia vinte, transformem-se em apoteótica manifestação de crença e religiosidade, já que a lendária figura de Padre Cícero supera divergências ocasionais, constituindo-se unanimidade por todos os que assim demandam, residentes ou não no território cearense.
 

As preces pela beatificação mantêm-se intensivamente como postulação máxima dos mais variados segmentos nordestinos.
 

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