A semana que se foi e esta que se inicia foi e deve ser marcada pela pauta internacional e municipal, eleições.
Interessante esta união entre o global e o local. Bem, e a intersecção disto tudo é possível?! Claro! Todo mundo já ouviu falar de cidades que se transformaram em habitação fantasma a partir da saída de uma grande empresa, e suas periféricas, face uma decisão global. No Nordeste, isto ainda é raro, pois temos poucas empresas globais que podem se mudar como um caramujo que carrega sua casa na cabeça. No máximo, vimos algumas cidades sumirem com a saída de usinas de álcool, porém isso é mais visto na zona da mata, região que não passa pelo Ceará. Com as eleições municipais, o que chama atenção mesmo são nossos problemas do dia-a-dia. Se o presidente Lula cumprir o que avisou – não participar das campanhas municipais – tudo indica que a preferência federal irá se dissipar, mas como se diz, quem trabalha com a comunicação é refém dos fatos.
O que chamou atenção aos que se detiveram a ver, ler e ouvir sobre aparições de autoridades no final da semana passada não foi um fato, mas uma frase:: morte, não me fala dela pois não a conheço, o que me preocupa é a desonra(sic).
A frase foi proferida pelo vice-presidente da República, José Alencar, que esteve no exercício da Presidência da República neste fim de semana. Lula estava em Portugal. Foi divulgado no sábado que José de Alencar teria recebido novo diagnóstico que confirmara mais um nódulo cancerígeno no abdômen. Homem de 76 anos, um dos homens mais ricos do país, informou que não vai mudar sua agenda – vai continuar trabalhando normalmente. Ele disse que trabalhará nesta segunda-feira, 28, na chamada reunião semanal da coordenação política, no Palácio do Planalto, aqui em Brasília.
José Alencar Gomes da Silva, nascido em 17 de outubro de 1.931, no lugarejo de Itamuri, município de Muriaé, na Zona da Mata mineira, surgiu para a política como um grande representante do empresariado nacional, do ramo têxtil, foi vice-presidente da CNI, que virou senador e logo depois, por uma circunstância, serviu de âncora para a primeira eleição de Lula para chefe de Governo e Estado do Brasil. Ele era o caminho institucional que unia o capital ao trabalho que comanda hoje o país. Ele iria entrar para a história por isso e algo mais, porém sua frase cunhada numa antológica avaliação que teria sido feita por Socrates, o colocou num patamar além. É bom que o leitor observe estas malescritas como exercício, não como epitáfio, longe de mim tal pretensão mesmo que esculápio fosse.
Vivemos um momento em que os homens( e mulheres) ficam desonrados e continuam vivendo como se nada os atingisse. Temos vários casos assim. As pessoas se esquecem que até um tempo atrás, nas currutelas e grotões quando um homem ficava desonrado ou se matava ou virava louco, mandavam para o Asilo de Parangaba, lembram!? Pois então, tempos bons aqueles, não!?
Boa semana!
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