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Queda do PIB

O conjunto da economia brasileira continua produzindo recordes negativos. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de toda a produção e renda do País, caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano, na comparação aos três meses imediatamente anteriores. Com o novo resultado, o PIB ficou em R$ 1,481 trilhão.

Trata-se de um resultado pior do que a expectativa da maioria dos economistas, além de ser o terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação. No total, o PIB caiu 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, ou seja, a economia brasileira está tecnicamente em recessão.

Os fatores que acarretaram esse resultado ruim são conhecidos: queda da demanda interna nacional, aumento dos índices de desemprego e queda na renda, além de crédito mais restrito e inflação na casa dos dois dígitos, e já fora da meta nos prognósticos do ano que vem. Tudo isso faz a queda no Brasil ser a mais longa e a mais forte de 41 economias globais que já divulgaram dados do PIB referentes ao período de julho a setembro – uma verdadeira catástrofe que, não obstante, pode piorar ainda mais.

Segundo a estimativa de economistas consultados pelo Banco Central, o recuo em 2015 como um todo deve ser de 3,2% e, em 2016, de 2%. O problema é que, a cada semana, o resultado piora um pouco mais, de tal forma que é impossível prever com exatidão quando a sangria estancará. Um dos lados mais dramáticos dessa crise, no entanto, vem atingindo frontalmente as famílias brasileiras, que voltaram a reduzir suas compras, pressionadas pela combinação de queda na renda, inflação elevada, crédito mais restrito e desemprego. A agonia parece não ter fim.

Editorial

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