A saída do delegado Protógenes Queiroz do comando das investigações da Operação Satiagraha, que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas, do megainvestidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, está na ordem do dia. Ninguém, de sã consciência, pode acreditar que, de um momento para outro, e sem motivo, possa abandonar uma investigação da maior relevância para o País e para sua própria carreira, como ocorreu com Protógenes.
O fato é que após a crise gerada entre o Judiciário e a Polícia Federal, em razão das divergências sobre as decisões, Protógenes "inventou" ter outros compromissos que o impediam de continuar à frente dos trabalhos. Mais que isso, outros dois delegados também tiveram a mesma atitude: pedir para sair. Isso só aconteceu após o presidente Lula chamar o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Tarso Genro para uma "conversa". Essa história está mal contada. É esperar para ver.