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Ficar conectado faz parecer que tempo passa mais rápido, diz pesquisa

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Se você acha que o tempo está passando mais rápido nos últimos anos, talvez esteja mesmo certo. Uma psicóloga americana descobriu que o uso constante de tecnologia está tornando nossos cérebros mais eficientes em processar informações e dando a impressão que o tempo está passando mais rápido do que realmente está.

“Encontrei indícios de que interagir com a tecnologia e sociedades tecnocêntricas tem acelerado um tipo de relógio dentro de nós”, disse Aoife McLoughlin, da Universidade James Cook, em Singapura ao site Science Alert. “Ao mesmo tempo em que nos ajuda a trabalhar mais rápido isso também nos faz sentir mais pressionados pelo tempo”.

Na pesquisa, ela comparou a percepção de passagem de tempo de pessoas que estão sempre online em seus computadores ou smartphones e pessoas que raramente usam tecnologia. Sentados em uma sala, os participantes do experimento tinham que dizer quando eles achavam que havia passado uma hora.

A maioria dos mais conectados achou que havia passado uma hora, mas havia passado apenas 50 minutos. A percepção diferente do tempo pode ter feito eles se sentirem estressados porque têm mais probabilidade de sentir que o tempo está voando do que os colegas menos ligados a dispositivos eletrônicos.

E isso não aconteceu apenas com as pessoas que usam tecnologia frequentemente, mas a pesquisadora descobriu que até as pessoas que leem um anúncio do último iPad perceberam o tempo como se estivesse passando mais rapidamente do que aqueles que leram um texto de um romance. “É quase como se estivéssemos tentando emular a tecnologia e sendo mais rápidos e mais eficientes”, disse a cientista. O estudo ainda não foi publicado.

O professor de psicologia Hélio Deliberador, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aponta que o tempo de processamento e de atenção diminuiu bastante nas gerações mais recentes, que têm maior contato com a tecnologia. “A gente percebe que a experiência do tempo acelerou bastante”, diz. O lado positivo é a rapidez de processamento e também a possibilidade de instaurar os processos criativos, avalia Deliberador.

Ao mesmo tempo, pode haver conflito, pois existem experiências que não são aceleradas, como nascer, passar cada ano, alcançar a compreensão aprofundada de algum assunto. O excesso de estímulos e uma velocidade intensa também podem ter efeitos negativos sobre o corpo, que responde com um processo de sofrimento psíquico, como ansiedade, depressão e fobias, explica o professor.

Esses distúrbios também afetam a percepção do tempo. Na ansiedade, o tempo passa mais rápido e na depressão, mais lento. Nas fobias, é um “presente gordo”, em que uma situação tem um significado amplificado.

Fonte: UOL

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