Na tarde de ontem, o Fórum Eleitoral Péricles Ribeiro, onde funcionam as 13 zonas eleitorais de Fortaleza, comunicou oficialmente a 24 candidatos a cargos de prefeito e vereador nas eleições deste ano que suas postulações estão sob pedido de impugnação. Dentre os nomes está o da prefeita Luizianne Lins e o de Raimundo Ângelo, do PT, que podem perder o direito de disputar vaga na administração municipal por irregularidades na ata de convenção do partido.
Ao todo, cinco legendas e quatro coligações foram citadas. O PT do B foi a sigla que mais teve candidatos comunicados: sete no total. Em seguida, veio o PTN, com quatro; as coligações PR-PRTB e DEM-PP, com três cada; o PTB e o PT, com dois cada; e com um candidato o PSDC e as coligações PSC-PRP e PDT-PSDB.
Todos fazem parte do edital que venceu na segunda, 14/07, e têm um prazo de sete dias para contestarem a impugnação reunindo provas contrárias à acusação, indicando testemunhas e requerendo a produção de outras provas. Caso considere necessário, o juiz responsável pelos registros de candidatos, Luiz Evaldo Gonçalves Leite, também pode, depois desses sete dias, designar mais testemunhas tanto da parte de quem solicitou a impugnação quanto de quem sofre a ação. O prazo para esse tipo de recurso é de quatro dias, segundo o chefe da 116a zona Eleitoral, Luís Alberto.
Caso não contestem a impugnação, o registro é automaticamente indeferido. No entanto, ainda cabe solicitação de análise junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Hoje, o Fórum libera outra lista com o nome de mais candidatos sob impugnação, mas o órgão não tem uma prévia de quantas pessoas ainda serão envolvidas.
O candidato a vereador pelo PTN, Augustinho Cleson de Sousa, esteve no Fórum na tarde de ontem tentando regularizar sua situação junto a Justiça Eleitoral. Segundo ele, cinco processos no Fórum Clóvis Beviláqua estão em seu nome, mas em um deles o órgão informa que "nada consta". Além disso, a seção de registros do Péricles Ribeiro deu, conforme Agostinho, o prazo de apenas um dia para o ajustamento. Ele reclamou do curto período. "Cometeram um equívoco! Um dia é muito pouco", criticou.
» Arma no Fórum. Do lado, outro candidato a vereador, Hailton Paula da Silva, do PT do B, também tentava ajustar sua situação junto a Justiça Eleitoral. Ele explicava à promotora de da 113a zona, Diana Cavalcante, seu problema quando a magistrada notou que o homem estava armado de revólver. Ela disse que Hailton não podia ter entrado com arma de fogo e ele se justificou informando que era policial militar e que não sabia dessa prerrogativa. O policial-candidato não quis dar entrevista.
Em seguida, Hailton deixou o Fórum e Diana convocou o único policial militar que faz a segurança do prédio para reclamar mais atenção na entrada de pessoas armadas. "Quem vem aqui já está irritado porque quer resolver problemas de campanha. Não sei como vamos fazer a segurança", afirmou, tentando montar algum esquema com o guarda. No fim, só algumas trocas de bancos do lugar e a ordem de fechar um dos lados do portão principal para reduzir o perímetro de entrada e facilitar a visão do PM.
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