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2 julho 2008.
Fortaleza, Ceará, Brasil.

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Política

Cinco indicados e nenhuma coesão para vice de Lins

quarta-feira, 02 de julho 2008

 Tin Gomes, Rogério Pinheiro, Iran Ribeiro, Elpídio Nogueira e Zezinho Alencar. Nenhum desses nomes representa uma coesão entre a aliança que quer reeleger Luizianne Lins prefeita de Fortaleza. Ontem, o líder do governo na Assembléia, Nelson Martins, confirmou que o Governador, a Prefeita e a direção municipal do PSB passaram a manhã em reunião, porém não adiantou mais nada. Até as 20h, ele ainda não sabia se a fumaça branca havia saído.

Para evitar futura impugnação, o Partido dos Trabalhadores fez sua ata da convenção indicando uma chapa pura, ou seja: Luizianne Lins e na vice, o nome do presidente municipal do partido, Raimundo Ângelo Nonato de Lima, deixando margem, para possível alteração pelos partidos coligados. Isso, por conta da indefinição e do não comparecimento de Cid Gomes ou seu irmão Ivo Gomes, à convenção. Ao sair ontem, de solenidade no CDL, a prefeita não quis falar sobre a questão alegando que "não queria atrapalhar as negociações". E, mandando beijos, justificou que a demora é para escolher "o melhor vice para vocês".
Na realidade, a indicação de vice racha o PSB. O próprio partido não se entende e as forças entre históricos e os neopessebistas tem travado nos últimos dias uma batalha interna. Com a ala histórica totalmente ligada a prefeita Luizianne Lins, através do Sérgio Novais, os vetos às indicações feitas por Cid Gomes são constantes. Surgiu o nome do sobralense, Tin Gomes, fora do PSB, no PHS, mas de total confiança da família Ferreira Gomes. A informação que vazou para a imprensa foi que a prefeita teria vetado.
Depois da crise de enxaqueca, com a mente desanuviada, e seguindo a recomendação nacional que o nome do vice seja do próprio partido, o Governador teria sugerido outro amigo, este filiado ao PSB, o deputado Zezinho Albuquerque. O que se soube no fim da tarde de ontem foi que a prefeita também não concordou.
O nome que surgiu indicado pelo grupo do Sérgio Novais, por força da pressão, desistiu, e o imbróglio está no ar. Cid já afirmou que a decisão é de inteira responsabilidade da Prefeita e da ala histórica. Essa confusão toda é avaliada pelo deputado Francisco Caminha como prova que o Governador está num partido que ele não tem o controle.
Ontem pela manhã, o deputado José Guimarães apostava que o vice seria o vereador Elpído Nogueira, que teria agradado ao PT e aos coligados. Na avaliação do petista, a demora está causando prejuízo na campanha, não creditando, porém, que esses contratempos resultem em racha na aliança. Traduzindo: "Que o Cid não se empenhará pela candidata".
Especulação. O que se comenta, a boca miúda, é que a Prefeita não teria gostado da exigência de Tin pela vaga, ameaçando romper com o bloco que lhe dá apoio. O tom de ameaça desagradou Luizianne, que rejeitou ceder a vaga de vice para o presidente da Câmara.
Outra tese é que Luizianne, que não gosta de prever para além de seis meses suas ações, vir a se desincompatibilizar em abril de 2010 para concorrer ao Governo do Estado contra o próprio Cid Gomes ou ao Senado. Daí o interesse de Cid deixar uma pessoa da sua confiança na vice.
Outra especulação. O PMDB deu apoio a Luizianne atendendo pedido do Governador, com a certeza que Eunício Oliveira teria o apoio do PT e do PSB para o Senado. Se o acordo for rompido as perdas para Luizianne serão maiores.
» Caso de impugnação. Sobre o caso do vice que não foi indicado pelo PSB, durante a convenção, o procurador Alessander Sales, do Ministério Público, informou que vai aguardar o prazo para o partido encaminhar a ata, que se vence no sábado, 5. Caso fique comprovado alguma falha, poderá haver impugnação no que diz respeito ao vice.

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