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Prefeito de São Paulo distorce número de mulheres na gestão dele

O político mudou ainda a versão sobre denúncia de violência doméstica feita pela esposa dele, Regina Carnovale Nunes, em 2011

Por Redação O Estado

Ricardo Nunes (MDB) assumiu o cargo em 2021 após a morte do titular, Bruno Covas (PSDB) / Foto: Divulgação

O prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), distorceu o número de mulheres no alto escalão da gestão municipal e fugiu de críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia a candidatura dele e indicou o coronel Mello Araújo (PL) como vice-prefeito. O gestor participou de sabatina da Folha de S.Paulo e do UOL realizada nessa segunda-feira (15).

Ele também desviou de perguntas sobre o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 e sobre suspeitas em contratos emergenciais da Prefeitura de SP. O político mudou ainda a versão sobre denúncia de violência doméstica feita pela esposa dele, Regina Carnovale Nunes, em 2011.

Nunes tem 24% das intenções de voto na Capital paulista e está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (Psol), que tem 23%, segundo pesquisa Datafolha feita de 2 a 4 de julho deste ano. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) marca 11%, e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), 10%.

Questionado sobre por que não escolheu uma mulher como candidata a vice e sobre como pretende aumentar a diversidade no governo, o prefeito rebateu que o nome de Mello Araújo foi decisão conjunta de vários partidos, negou imposição de Bolsonaro e afirmou que “53% é o número de mulheres na alta gestão do seu governo”.

Segundo comunicado oficial da Prefeitura, divulgado em 8 de março, essa é a porcentagem de cargos de liderança da administração municipal: 759 dos 1.610 cargos de chefias, direção e coordenação. Ele não mencionou, porém, que apenas 10 das 35 unidades com status de secretaria são comandadas por mulheres (28%).

Nunes evitou temas polêmicos sobre Bolsonaro. Perguntado se é um bolsonarista “de carteirinha”, respondeu: “Eu sou ricardista. Trabalhei muito para ter o apoio do Bolsonaro, estou grato e feliz por ter o apoio do presidente Bolsonaro”. Ele também evitou falar sobre a investigação que mira a existência da “Abin paralela” durante a gestão do ex-presidente.

Questionado se acha que o 8/1 foi um atentado contra a democracia, Nunes disse: “O 8 de janeiro foi um atentado contra o patrimônio público que eu repudio.”

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