O Ceará e o grupo chinês Power Construction Corporation of China (PowerChina) assinam memorando de entendimento para a construção de um parque solar no município de Mauriti, a 490 quilômetros de Fortaleza. Com investimento de R$ 1,8 bilhão, a previsão de entrega do parque, com 343 MW de potência, é fevereiro de 2025.

O termo foi assinado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas. “É nossa absoluta prioridade atrair investimentos para poder gerar empregos e renda para os cearenses. A China é a principal parceira comercial do Brasil e queremos estreitar ainda mais as relações com os empresários chineses em setores como o de tecnologia, produção de energia limpa e infraestrutura para o Ceará”, comentou o chefe do Executivo cearense.

Presentes à reunião a secretária das Relações Internacionais, Roseane Medeiros; e a comitiva da multinacional, formada pelo diretor financeiro Xin Lei; o gerente técnico Xu Cui; e os representantes do grupo no Brasil; Yuan Wenzheng e Marcio Soares.

Roseane Medeiros salientou a importância do encontro e também ressaltou a oportunidade da abertura de portas para novos investimentos em mais municípios cearenses. “É muito importante para nós essa aproximação, inclusive já pensando em novos investimentos em outras áreas também englobadas por esse grupo, como infraestrutura e transportes”, disse.

Marcio Soares destacou o interesse do grupo chinês em desenvolver novos investimentos no estado. “De modo geral, tivemos uma reunião bastante proveitosa. Tivemos a oportunidade de apresentar todo o projeto do parque solar, como também novas ideias. A PowerChina tem todo o interesse em ajudar o Ceará em diversas áreas”, pontuou. A PowerChina é um grupo de construção integrado que fornece investimento e projeto de planejamento, construção de engenharia, fabricação de equipamentos e gerenciamento de operações para energia limpa e de baixo carbono, recursos hídricos, construção ambiental e infraestrutura. O grupo está em atuação no Brasil desde 2006.

Na avaliação da diretora Vogal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBEF-CE), o Nordeste já é referência de produção de energia renovável. “Quando falamos do Ceará é importante ressaltar o quanto nossa infraestrutura portuária e a proximidade estratégica com os demais continentes, faz desse contexto um grande atrativo para investimentos internacionais. Basta lembrar que a movimentação do Hidrogênio Verde precisará de energia originalmente limpa e verde e precisará de um sistema logístico para exportar a energia. A vinda de mais um investimento traz ainda mais nosso estado para o epicentro de negócios”, disse.

Interior
Além de Mauriti, outros projetos envolvendo parques eólicos no interior do Ceará estão em fase de construção, como nos municípios de Ubajara e Ibiapina. Neste mês, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou o projeto de licença de instalação do Complexo Eólico Tianguá/Viçosa – Fase II. O evento ocorreu no auditório da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O empreendimento é de interesse da empresa Dwul Participações de Capital Ltda e será localizado na Fazenda Queimadas, na zona rural dos municípios de Ubajara e Ibiapina. A estrutura terá capacidade nominal total de 354 MW, numa área de 2.919 hectares.