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O turismo brasileiro e a nova forma de hospedar

Que a forma de fazer turismo não será mais a mesma nós já sabemos. Agora pensar que o brasileiro conhecido por sua hospitalidade, acolhimento, e também por ser esse povo ‘quente’ e do abraço amigo, ainda está longe de voltar a sua normalidade, coloca em reflexão que o contato e calor humano faz falta para o turismo nacional. 

Reprodução

A hotelaria está passando por um momento de revolução, e que inevitavelmente é o meio mais usado no turismo, mas que acaba sendo o mais afetado em termos de mudanças ou adequações, visto que precisa evitar aglomerações e o contato físico, o que traz uma grande revolução na maneira de hospedar e hospitalizar, mudando a cultura hoteleira. 

Pensando nisso, vale entender como será para o turismo nos denominados ‘meios de hospedagem’, que desenvolvido pelo Ministério do Turismo (Mtur) com o sistema brasileiro de classificação de meios de hospedagem (SBClass) englobando hotel, pousada, resort, hotel fazenda, bed and breakfast ou cama e café, hotel histórico, flat ou apart-hotel, hostel ou albergue, casas de aluguel, guest house, pensão e motel e que se dividem em sete tipos de categorias dependo dos serviços oferecidos. 

Assim, como diz Camargo no livro Hospitalidade: Oportunidades e Desafios. “A Hospitalidade recomenda que o hotel entenda que tem uma dupla tarefa para bem atender ao seu hóspede: propiciar o maior conforto interno possível e o melhor contato possível com a comunidade visitada. Outra contribuição da hospitalidade para a hotelaria é mostrar que o elemento humano é tão ou mais importante que a qualidade da estrutura física. 

Fazendo com que atualmente a grande pergunta seja em como fazer com que os turistas e hóspedes se sintam confortáveis e acolhidos mantendo o distanciamento? Como única resposta, a resiliência de que encontraremos uma nova maneira, que com criatividade aprenderemos um novelo modelo para sobressair desta crise. E com a compreensão de que nenhuma tecnologia ou modernização isoladas irão encantar mais que a experiência humana do hóspede perceber o quão especial ele é para aquele lugar em que ele escolheu se hospedar. 

Grandes áreas como a de Alimentos e Bebidas (A&B) sofrem alterações e adaptações, padrões de segurança, limpeza, tudo se faz necessário para reconquistar a confiança dos turistas, que mesmo com receios já mudaram um pouco ao estarem voltando aos poucos ao que estavam acostumados. Então, mesmo com certa dificuldade ou receio de contato, o atendimento especializado se faz ainda mais essencial agora. 

É a recepção e o atendimento que fará a diferença da concorrência. O mundo inteiro entende que a hospitalidade é a razão da hotelaria, e quem melhor para compreender isso senão os brasileiros, que lá no início, quando surgia este termo, já compreendiam essa maneira de hospitalizar, agradar, fazer o ‘sentir-se em casa’? 

Pois bem, a junção desta grande tecnologia, que fará com que, seu serviço ou produto seja, visto, somado ao jeito ‘abrasileirado’ de servir, fará a nova forma de turismo. Conforme diz Claudemir Oliveira, presidente e fundador do “Seeds of Dreams Institute”, devemos ter cuidado para que o serviço oferecido tenha um equilíbrio entre o high tech (automação/tecnologia) e o high touch (toque humano). 

Estamos voltando aos poucos, os turistas em viajar, e nós, guias de turismo, hoteleiros ou agentes de viagens, ao cuidar e preparar uma nova e única experiência para todos. 

Simone Andrade Barata – Natural de São Paulo, formada em Turismo e Sócia Diretora da Meri’s Viagens & Lazer. Com grande experiência no turismo corporativo e de lazer, Simone tem mais de 30 anos de experiência trabalhando nas maiores Operadoras do mercado como Rextur, TSB – Travel Solutions Brazil, 55Destinos (Alatur), ADV Tours, Ambiental, entre outras. 

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