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Entenda por que o sedentarismo pode ser tão prejudicial à saúde quanto o cigarro

Todo mundo já está acostumado com as informações contidas em diversos locais sobre como o cigarro é prejudicial à saúde, mas o que ninguém imagina é que a falta de exercícios pode ser tão prejudicial quanto o tabagismo. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Pennington Biomedical Research Center e Arnold School of Public Health, University of South Carolina, nos Estados Unidos, o sedentarismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infarto e derrame sendo uma das maiores taxas de mortalidade no mundo.

Foto: Divulgação

A pesquisa mostrou que 9,4% de todas as 57 milhões de mortes no mundo no ano de 2008 podem ser atribuídas à inatividade física. “ A pessoa sedentária aumenta os fatores de risco como o aumento da hipertensão, colesterol e doenças cardiovasculares. O fato de não praticar atividade física faz com que o coração fique menos treinado além de proporcionar um maior quadro de obesidade e diabetes. O sedentário não gasta a energia, gordura e o açúcar do corpo e isso faz com que haja um aumento de doenças como colesterol e diabetes”, explica o cardiologista e Pós Graduado em medicina esportiva, Dr Ricardo Contesini.

Atividade física
A prática de exercícios contínuos e prolongados trazem benefícios não só para a saúde cardiovascular como para todo o organismo. O exercício é capaz de trazer um condicionamento muscular ocasionado pela modulação na ação de proteínas musculares levando a hipertrofia e melhora nas ações das fibras, inclusive as cardíacas O treinamento físico regular propicia uma ativação do sistema nervoso durante o esforço proporcionando uma vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da pressão arterial e dessa forma diminuindo o trabalho cardíaco e melhorando a fração de ejeção.

Dr Ricardo Contesini é cardiologista e Pós Graduado em medicina esportiva

“Os pacientes portadores de insuficiência cardíaca apresentam uma capacidade diminuída para realização de esforços físicos e consequentemente realizam menos exercícios. Tais atitudes levam a uma progressão na intolerância aos esforços e aumentam os sintomas de dispneia e fadiga. Dessa forma, a prescrição e estímulo a realização de atividade física supervisionada na reabilitação desses pacientes se torna essencial para a quebra desse círculo vicioso. O estudo HF-ACTION foi o maior estudo a avaliar o impacto da reabilitação cardiovascular nos pacientes com insuficiência cardíaca e demonstrou ser uma intervenção segura com grande impacto na melhora de sintomas, aumento da tolerância ao exercício, melhora na qualidade de vida com redução de hospitalizações e queda da mortalidade”, conclui o médico cardiologista Dr Ricardo Contesini.

Alimentação saudável
Com pequenas mudanças nos hábitos alimentares e escolhas conscientes é possível melhorar a saúde a longo prazo. A rotina diária muitas vezes exige uma maior rapidez e isso acaba levando muitas pessoas a recorrerem para os alimentos industrializados que estão disponíveis nas prateleiras dos supermercados. É necessário estar atento aos rótulos e principalmente os produtos que possuem uma adição maior de açúcares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 10% das calorias diárias devem ser provenientes do consumo de açúcar.

“Para sair do sedentarismo, é necessário um pequeno passo: caminhar apenas 30 minutos por dia, desta forma não torna-se mais sedentário e isso já impulsiona em uma mudança do estilo de vida, passando a alimentar-se melhor. Pois o indivíduo libera endorfina e irá se sentir melhor consigo mesmo e buscará auxílio de alimentos saudáveis ao invés de fast foods, por exemplo. Existem vários alimentos que podem ajudar a produzir energia. O primeiro e mais importante é a água, pois ajuda a transportar nutrientes que nós utilizamos para obtenção de energia diretamente para suas células e sem a água não podemos metabolizar comida e nem energia. As frutas em geral possuem açúcar natural e por serem carboidratos, possuem baixo índice glicêmico. As nozes em geral dão energia, pois possuem proteínas, fibras e nutrientes. Chocolate possui a teobromina, capaz de ser um estimulante natural para produzir energia. Alimentos integrais como aveia e pão integral possuem demora na digestão, ajudando a fornecer energia contínua. Peixes e mariscos possuem ômega 3, excelente para o coração e ajuda a aumentar a energia durante o dia. Sem falar também da cafeína, que é um estimulante natural para potencializar o metabolismo”, alerta a médica nutróloga Dra. Carolina Holanda.

Por Dayse Lima

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