Segundo dados analisados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), este ano, o número de casos de chikungunya registrados em Fortaleza cresceu seis vezes em relação ao ano passado. De janeiro a abril foram registrados 1.061 casos, enquanto em todo o ano de 2021, foram confirmados 184 casos.

A SMS divulgou que 81 bairros da capital possuem registro da doença, 10 deles com 75% das confirmações. Entre eles, o Bairro José Walter se destaca por representar 20% de todos os casos confirmados, o equivalente a 244 pessoas infectadas. 

O diretor da célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos, Atualpa Soares,  explica que esse aumento está concentrado nas regiões cinco e seis da cidade e que afeta, principalmente, as pessoas que não contraíram a doença durante a primeira onda de disseminação, mas afirmou que o nível de contágio registrado não é preocupante o suficiente para o surto ser considerado como uma epidemia. 

Para conter o aumento dos casos, a prefeitura está realizando trabalhos preventivos de educação social e visita nas residências no Bairro José Walter. De acordo com o diretor, os especialistas estão trabalhando para “eliminar os focos, tratar o foco encontrado e quando achar uma pessoa suspeita que não foi ao sistema de saúde encaminhá-la e alertar o sistema de saúde já que aquele domicílio pode disseminar a doença”. 

Para prevenir o aparecimento dos mosquitos transmissores da doença, a população é instruída a retirar água parada de aparadeiras de geladeira, bebedouros eletrônicos, tampar pias, ralos e cisternas.