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Insuficiência cardíaca: saiba mais sobre a doença que atinge mais de dois milhões de brasileiros

A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração perde a capacidade de manter o bombeamento adequado para manter o fluxo de sangue que o corpo necessita. No cenário nacional, a doença crônica atinge mais de dois milhões de brasileiros, é o que mostra um estudo realizado pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, as doenças cardiovasculares são as principais causas de internação e de mortes no Brasil.

Foto: Divulgação



Recentemente, o apresentador Fausto Silva, conhecido por todos os brasileiros como Faustão, de 73 anos,foi internado em um hospital paulistano com um quadro de insuficiência cardíaca.Faustão ficou internado desde o dia 5 de agosto e neste domingo passou por um transplante de coração. O Hospital Albert Einstein, comunicou em nota que, a cirurgia foi um sucesso. “O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”, diz o boletim.

A situação vivida pelo apresentador, trouxe diversas dúvidas sobre essa patologia que também atingiu outro famoso, o cantor MC Marcinho. Em decorrência da doença, o príncipe do Funk, como era conhecido, chegou a ser encaminhado para a fila de transplantes, mas adquiriu uma infecção generalizada e morreu de forma precoce, aos 45 anos de idade. De acordo com o cardiologista e presidente do grupo de estudos em emergências e terapias da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Alexandre Soeiro, é muito importante ficar atento aos sintomas como falta de ar e inchaço no corpo.

“O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico, a gente se atenta aos sinais que o doente tenha como: falta de ar e inchaço no corpo. Esses sintomas são os mais comuns e o que ajuda no diagnóstico da doença é um exame chamado ecocardiograma.Esse exame consegue avaliar a estrutura do coração, a musculatura e assim constatar a patologia. As principais causas da insuficiência cardíaca é o infarto. Existem outras doenças como a hipertensão, doenças de chagas, doenças congênitas, miocardite e doenças hereditárias. A base do tratamento é clínico e medicamentoso. Usamos uma série de medicamentos com benefícios claros que reduzem as chances de internações de mortalidades. Esse trabalho é associado com a reabilitação e atividades físicas. Quando esses tratamentos não trazem uma solução, partimos para o tratamento mais avançado com aparelhos ou até mesmo o transplante de coração”, explica o cardiologista.

Transplante de coração
No Ceará, o Hospital de Messejana foi considerado o segundo maior Hospital Transplantador do Brasil. Ao todo foram realizados 500 transplantes cardíacos, sendo 423 adultos e 77 pediátricos, ficando atrás apenas do Instituto do Coração, localizado em São Paulo, com mais de mil transplantes. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa ) para entender melhor a atual situação da fila de espera para transplantes no estado. Além dos dados, a pasta reforçou a importância de conversar com família e amigos sobre o desejo de ser doador, deixando clara a autorização para doação de órgãos.
“Foram realizados neste ano 1.037 transplantes até 22 de agosto, sendo 18 de coração e 677 de córnea. Em 2020, com o avanço da pandemia, os números de transplantes realizados foram 1.122. Em 2021 e 2022, foram realizados 1.524 e 1.675 procedimentos, respectivamente. A Central de Transplantes do Ceará funciona 24 horas, sete dias por semana, na sede da Secretaria da Saúde do Estado. A Central tem a função de coordenar as atividades desse tipo de cirurgia no âmbito estadual, sendo responsável por regular a lista dos receptores de órgãos e tecidos, receber notificações de potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica e articular a logística que torna o transplante possível, contribuindo, desta forma, para manter a esperança de quem aguarda por um órgão ou tecido”, informa a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

A fila para transplantes de órgãos no Brasil é feita de forma única tanto para pacientes do sistema público de saúde quanto privado. A fila é organizada de acordo com a gravidade do caso, tempo de espera e tipagem sanguínea. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 65 mil pessoas aguardam um órgão na fila.

“Quando estamos lidando com pacientes em fila de transplante, a primeira prioridade é o tempo em que esse doente se encontra. Dentre esses pacientes em fila, existem algumas prioridades por gravidade. Desde o doente no Hospital que está dependente do medicamento na veia até para manter a contração cardíaca e na sequência alguns pacientes que necessitam de algum aparelho para manter o funcionamento cardíaco além da medicação.Se o paciente está com um dispositivo ventricular, ele é prioridade máxima na fila”, pontua o cardiologista Dr. Alexandre Soeiro.

Por Dayse Lima

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