27.1 C
Fortaleza

Defensoria envia mais documentos ao STF para reforçar apelo do CE na disputa com PI

Disputa ocorre há pelo menos 100 anos, mas chegou ao STF em 2011, com ação judicial de autoria do Piauí, que requer territórios vinculados ao Ceará

Kelly Hekally

A uma semana da data limite do Exército Brasileira enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) seu relatório sobre o litígio entre Ceará e Piauí, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) enviou à Corte o documento “Escuta da População Indígena na Aldeia Umburana e Cajueiro no Município de Poranga, que reitera a “relevância do sentimento de pertencimento à identidade dos indivíduos que passaram toda a sua vida naquela região, assim como seus ancestrais”.

Segundo o Exército, os estudos da instituição acerca da disputa de 13 territórios entre ambos os estados chegará às mãos da relatora, ministra Cármen Lúcia, até o próximo dia 28. Na semana passada, a Defensoria Pública do Ceará (DPCE) realizou audiência pública sobre o tema. O documento e a petição foram protocolados nesta quinta-feira (20).

“Ciente dos incalculáveis impactos sociais e violações de direitos que circundam o citado litígio, a Defensoria Pública vem atuando, nos últimos meses, para construir um debate humanizado e transversal com habitantes e agentes do sistema de justiça. Com a participação aceita no processo judicial, a instituição se põe à disposição para proteger os direitos da população afetada, esperando que o titular do poder soberano, o povo, tenha voz”, afirma trecho do documento assinado pela defensora pública geral, Sâmia Costa Farias Maia.

Leia também
Litígio CE x PI: novos estudos reforçam defesa do Ceará
Litígio CE x PI: 87,5% dos moradores preferem ficar no Ceará

Apesar da expectativa, não é certo que a ministra vá deliberar rapidamente sobre o entendimento do Exército. O Ministério Público Federal (MPF) ainda deve ser consultado, bem como as procuradorias-gerais dos respectivos estados.

A disputa ocorre há pelo menos 100 anos, mas chegou ao STF em 2011, com uma ação de autoria do Piauí, que requer territórios vinculados ao Ceará. A área, que engloba cidades como Ubajara e Ubajara, tem apelo econômico.

“Ciente dos incalculáveis impactos sociais e violações de direitos que circundam o citado litígio, a Defensoria Pública vem atuando, nos últimos meses, para construir um debate humanizado e transversal com habitantes e agentes do sistema de justiça. Com a participação aceita no processo judicial, a instituição se põe à disposição para proteger os direitos da população afetada, esperando que o titular do poder soberano, o povo, tenha voz”, escreve também a defensora também ao STF.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img